Primeira sugestão: Sugiro aos nossos mandatários corruptos que sigam o exemplo dado pelos japoneses Toshikatsu Matsuoko e Shinichi Yamazaki, respectivamente Ministro da Agricultura e Executivo subordinado ao mesmo Ministério. Ambos suicidaram-se por haverem sido acusados de corrupção, note-se, apenas acusados! Aqueles suicidas não foram os primeiros a praticarem tal ato pelo mesmo motivo naquele país. Lá, aquele que pratica um ato de corrupção envergonha toda a sua família até a quinta geração, levando-a ao ostracismo social e à proscrição política; mas aqui, o político corrupto que desvia centenas de milhões de reais para os seus bolsos, valores demovidos de verbas destinadas à saúde, à educação e à segurança, passa a ser um verdadeiro herói, sempre endeusado e continuamente reeleito.
Antes que aquela endemia se transforme numa epidemia, resta-me sugerir aos nossos políticos totens (caras-de-pau) corruptos e a seus subordinados que ocupam altos cargos no governo, que sigam o exemplo dos mandatários japoneses ou, se preferirem, o dos seguidores fanáticos da seita de Jim Jones! Então eleições extemporâneas seriam realizadas para a formação de um novo Congresso Nacional, porque o que restasse da sua composição atual certamente seria reduzida a no máximo dez por cento.
Sou terminantemente contrário à prática do suicídio, um ato desvairado de pessoas covardes que tentam fugir de problemas pessoais ao invés de solucioná-los. Mas abriria com imenso prazer uma exceção em meu conceito porque o suicídio em massa de mil larápios incrustados no poder público para roubarem os cofres da Nação, traria um grande benefício aos duzentos milhões de brasileiros.
Segunda sugestão: Outra maneira de livrarmo-nos da corrupção, é aproveitar-se da ocasião de quando as respectivas Casas Congressuais estiverem lotadas por Deputados e Senadores, o que é muito difícil de acontecer. Mas se isso ocorrese, a canalhada desprezível deveria ali ser tampada, sobrepondo-se as duas metades da laranja, côncava e convexa, que representam os edifícios onde funcionam a Câmara e o Senado, fazendo do conjunto um presídio perpétuo de segurança máxima. Neste caso, aqueles poucos que nada devem sofreriam também a penalidade. Seriam então vítimas imoladas em redenção libertadora do povo. Vítimas que se tornariam em instrumentos no cumprimento da sentença milenar “pagam os justos pelos pecadores” e resgatariam o Brasil da tirania exercida pelas consciências putrefatas.
Com a renovação geral, seria necessário que o povo e a imprensa permanecessem em vigília diuturna para que as sementes da corrupção não germinassem entre os novos mandatários. Para tanto, em princípio, deveriam ser extintos os degenerados VOTOS SECRETOS hoje vigentes no Congresso. É através de tais votos nas CPIs, nos Conselhos de Ética e nos Julgamentos que os corruptos se livram dos merecidos castigos, porque os votantes temem também terem de responder por seus crimes, porque como se diz popularmente, “têm os rabos presos”.
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